Cidades

Tartaruga marinha aparece morta em Piratininga

Morte de tartarugas é recorrente na região oceânica. Vídeo: Plantão Enfoco

A poluição dos mares continua vitimando espécies marinhas no litoral de Niterói. Após um dia de mutirão de limpeza nas praias da cidade, uma tartaruga marinha apareceu morta na praia de Piratininga, na Região Oceânica, neste domingo (22).

O animal foi encontrado na faixa de areia e chamou atenção de banhistas pelo estado de deterioração. Segundo a análise de biólogos a partir das imagens, a tartaruga pode ter perdido partes do corpo no mar.

Segundo a bióloga marinha e coordenadora do Projeto Aruanã, Larissa Araújo, a morte de espécies marinhas é recorrente na região. A tartaruga encontrada é da espécie Chelonia mydas, ou tartaruga verde, ameaçada de extinção e comum no litoral fluminense.

"Tartarugas, aves e outros animais marinhos morrem diariamente e as principais causas são a poluição, a captura acidental e a pesca" afirmou a bióloga.

A orientação para casos como este, segundo Larissa, é acionar o projeto Aranuã através das redes sociais. O projeto, ligado à Universidade Federal Fluminense (UFF), monitora de qualidade de vida das tartarugas marinhas na Baía de Guanabara e região.

A Secretaria de Ordem Pública informou que agentes da Coordenadoria Ambiental da Guarda Municipal recolheram o animal que será encaminhado ao centro de tratamentos de animais para análise.

Em agosto, ao menos duas tartarugas marinhas morreram em decorrência da poluição nas águas de Icaraí, na Zona Sul de Niterói.

O lixo, especialmente o plástico — capaz de bloquear o sistema digestório das tartarugas e levá-las à inanição — se tornou uma armadilha para as tartarugas.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aponta que a presença de lixo nos oceanos ameaça as espécies. O órgão estima que, a cada ano, até 12 milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos.

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